Estou à beira de um colapso de nervos. O mundo anda
muito ligeiro, dá voltas que quase chego a entontear. As coisas têm se
modificado tão rapidamente, que nem dá prá consumir a última novidade. E ao que
parece, tudo gira em torno deste vocábulo: o consumo.
Chaplin muito bem previu em sua película, "Tempos
Modernos", essa nova era: da informática e da comunicação. A minha leitura
é de que tudo ficou "mecanizado", o próprio homem é escravo do tempo,
das máquinas, e do consumo. Como se isso fosse tudo na vida! Esquecem a
verdadeira importância.
A vida, foi feita para viver, e esse dom divinal não precisa
nenhum aparato, a sua simplicidade já é a própria maravilha. Mas muitos
associam o viver a certas condições: para viver bem é preciso ter um carro,
etc. Minha gente, para viver basta estar vivo.
O Criador, nas palavras do seu filho Jesus, nos ensinou como
devemos nos conduzir diante das coisas do mundo, na Parábola "Os Lírios do
Campo". O problema é que nos deixamos levar por uma onda de
loucos-desesperados, ou Maria-vai-com-as-outras.
Tentei me voltar contra tudo na juventude, fazendo valer a
premissa que diz: todo adolescente é um rebelde sem causa. Gritei, gritei,
gritei... Mas uma voz não é ouvida na multidão. Remei, remei, remei, e sempre
voltava para a praia. Até que cansei de gritar e de remar, e quando vi estava
só, e precisei amadurecer para ter "amigos". O ser humano é mesmo
muito interessante; é como roda de peru, volta sempre para o mesmo lugar,
comete os mesmos erros... O que teremos para apurar no saldo final? Que Deus
tenha piedade de nós!
Aí diz uma velha canção: "eu vivi uma vida tola, eu
viajei por todas as estradas, mas fiz do meu jeito". Que jeito, se no
final a gente realiza os planos da grande massa enlouquecida. Bem fez o
"menino maluquinho", que cresceu para ser um Ziraldo na vida.
Agora, para finalizar, uma estorinha: uma galinha muito
bonita e vistosa, criada com as melhores rações, descobriu que sua penagem era
valiosa e começou a tirá-la e trocar por diversos bens de consumo, até que veio
o inverno e ela morreu de frio. Moral da estória: valeu a pena?
Essas são as minhas conclusões.
Quem quiser que tire as suas.
Quem quiser que tire as suas.
Rau Ferreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário