sábado, 19 de janeiro de 2013

Por Rau Ferreira - À beira de um colapso de nervos



 Estou à beira de um colapso de nervos. O mundo anda muito ligeiro, dá voltas que quase chego a entontear. As coisas têm se modificado tão rapidamente, que nem dá prá consumir a última novidade. E ao que parece, tudo gira em torno deste vocábulo: o consumo.

Chaplin muito bem previu em sua película, "Tempos Modernos", essa nova era: da informática e da comunicação. A minha leitura é de que tudo ficou "mecanizado", o próprio homem é escravo do tempo, das máquinas, e do consumo. Como se isso fosse tudo na vida! Esquecem a verdadeira importância.

A vida, foi feita para viver, e esse dom divinal não precisa nenhum aparato, a sua simplicidade já é a própria maravilha. Mas muitos associam o viver a certas condições: para viver bem é preciso ter um carro, etc. Minha gente, para viver basta estar vivo.

O Criador, nas palavras do seu filho Jesus, nos ensinou como devemos nos conduzir diante das coisas do mundo, na Parábola "Os Lírios do Campo". O problema é que nos deixamos levar por uma onda de loucos-desesperados, ou Maria-vai-com-as-outras.

Tentei me voltar contra tudo na juventude, fazendo valer a premissa que diz: todo adolescente é um rebelde sem causa. Gritei, gritei, gritei... Mas uma voz não é ouvida na multidão. Remei, remei, remei, e sempre voltava para a praia. Até que cansei de gritar e de remar, e quando vi estava só, e precisei amadurecer para ter "amigos". O ser humano é mesmo muito interessante; é como roda de peru, volta sempre para o mesmo lugar, comete os mesmos erros... O que teremos para apurar no saldo final? Que Deus tenha piedade de nós!

Aí diz uma velha canção: "eu vivi uma vida tola, eu viajei por todas as estradas, mas fiz do meu jeito". Que jeito, se no final a gente realiza os planos da grande massa enlouquecida. Bem fez o "menino maluquinho", que cresceu para ser um Ziraldo na vida.

Agora, para finalizar, uma estorinha: uma galinha muito bonita e vistosa, criada com as melhores rações, descobriu que sua penagem era valiosa e começou a tirá-la e trocar por diversos bens de consumo, até que veio o inverno e ela morreu de frio. Moral da estória: valeu a pena?

Essas são as minhas conclusões.
Quem quiser que tire as suas.

Rau Ferreira




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