Multas aplicadas nas rodovias federais do Estado, de janeiro
deste ano até a primeira quinzena de dezembro, registrou aumento de 92,47%.
O rigor nas fiscalizações e aplicação de multa, que pode
pesar no bolso, parecem não ser o bastante para impedir que alguns motoristas
infrinjam a lei Seca e insistam em dirigir sob o efeito de bebidas alcoólicas.
O número de multas aplicadas somente durante as fiscalizações nas rodovias
federais que cortam a Paraíba, de janeiro deste ano até a primeira quinzena de
dezembro, registrou um aumento de 92,47%, em relação aos casos computados em
todo o ano passado.
De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o
número de multas da Lei Seca saltou de 611, em 2011, para 1.176 até a primeira
quinzena deste mês. O número de pessoas detidas por essa infração também
aumentou, passando de 48 para 327 flagrantes, no mesmo período.
Para a assessora de comunicação da PRF, Keilla Melo, o
aumento dos casos se deve à intensificação das fiscalizações. “Além das
operações especiais e dos finais de semana, nós fazemos a fiscalização da Lei
Seca diariamente. Quando é registrado um acidente, as vítimas fazem o teste do bafômetro.
Também fazemos abordagens quando encontramos um veículo em atitude suspeita ou
ziguezagueando na pista”, explica.
Conforme os dados da PRF, são realizados em média 60 testes
de alcoolemia por dia para identificar se o motorista está infringindo a Lei.
Durante os finais de semana, esse número chega a mais de 100 testes. O posto da
PRF localizado no município de Bayeux, que é responsável pelas fiscalizações na
região de Cabedelo, João Pessoa, Bayeux e Santa Rita, lidera as estatísticas
nacionais com o maior número de motoristas flagrados dirigindo embriagados.
Para motoristas como Antônio Delfino, que não combina álcool
e direção, as fiscalizações deveriam ser mais rigorosas nos bairros mais
movimentados da capital e nas proximidades de bares e restaurantes. “A gente vê
mais fiscalizações nas estradas e avenidas principais de alguns bairros. Mas
perto de bares é difícil. Em todo bar tem gente que bebe e depois sai dirigindo
pelas ruas pouco movimentadas”, comenta.
O taxista Braz Crispim, que dirige há 40 anos, também
acredita que a lei deveria ser mais rigorosa e reclama da falta de fiscalização
nas ruas de menor movimentação. “Se a pessoa bebeu, não deveria dirigir. E se
for flagrado deveria perder o direito de dirigir definitivamente”, reforça.
A assessora de comunicação da PRF informou que durante a
preparação para as festas do final do ano as blitzes serão intensificadas em
operações integradas entre a PRF, Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran)
e Departamento Estadual de Trânsito (Detran), tanto nas estradas federais,
quanto nas ruas e rodovias estaduais.
Fonte:Jornal da Paraíba
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