Na cidade de Esperança, no interior da Paraíba, podem ser
observados registros pré-históricos de outras civilizações (civilizações
antigas ou então pré-históricas) em dois sítios da região: Lagoa de Pedra e
Caldeirão.
Em Lagoa de Pedra, distante cerca de 5km da sede do
município, existem inscrições rupestres (pintadas) gravadas em um grande
paredão. O painel mede 1,28 x 1,29 cm e é composto de formas esquemáticas de
possíveis zoomorfos em tom de vermelho e fica próximo ao tanque de onde foram
retirados na década de 90 fósseis de animais pleistocênicos por pesquisadores
da UFPB.
Enquanto que na localidade Caldeirão registra-se uma
importante Itacoatiara sob a técnica da meia-cana, cujas gravuras muito se
assemelham as da Pedra do Ingá. O local é privilegiado pela natureza e possui
uma cachoeira e um riacho, afluente do Rio Mamanguape.
Além dos achados pré-históricos e das belezas naturais, os
dois sítios possuem a vegetação nativa relativamente preservada, reunindo
condições necessárias para o estudo (arqueo-paleontológico, pois refere-se a
estudos de arqueologia – vestígios humanos, no caso os sítios; e paleontologia
– vestígios de animais extintos) e a prática do ecoturrismo.
Nos sítios Pintado e Pedra Pintada também há evidências
dessas civilizações. Em 1993, durante os trabalhos da “emergência” foram
encontradas pela Emater penelas de barro e grandes ossadas nesses dois locais.
Foto: Rua Jose de Andrade |
E até o centro desta cidade guarda seus mistérios. Em 1997
ao se reformar um depósito na Rua José Andrade, as escavações descobriram
ossadas de uma preguiça gigante (Eremotrerium Laurilardi) que datam de oito mil
anos atrás, e outras indicam pertemcerem ao “Haplomastodon Larigi”, um parente
distante do elefante, e ao “Hoplophorus Euphractus”, antecendente do tatu. Os
levantamentos foram feitos por uma equipe da UFPB e publicados na Revista da
Esperança.
Rau Ferreira
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