Entre 490 mil e 530 mil pessoas vivem com HIV no Brasil.
Dessas, 135 mil não sabem que têm o vírus, de acordo com dados divulgados ontem
pelo Ministério da Saúde e pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre
HIV/Aids (Unaids). Isso significa que um em cada quatro brasileiros (25,5%)
infectados desconhece sua situação de risco.
A Paraíba é o 2º em número de casos, com uma taxa de
incidência de 10.4 por 100 mil habitantes. Este ano foram registrados 426 novos
casos no Estado.
O levantamento mostra que a incidência da aids no País, em
2011, foi 20,2 casos para cada 100 mil habitantes. No mesmo período, foram
registrados 38,8 mil novos casos da doença – a maioria nos grandes centros
urbanos.
Enquanto o Sudeste apresenta redução na taxa de incidência
de 27,5, em 2002, para 21, em 2011, as regiões Sul, Norte e Nordeste
registraram tendência de aumento de casos. No Centro-Oeste, a epidemia é
considerada estável.
Segundo o balanço, o coeficiente nacional de mortalidade
caiu de 6,3 mortes para cada 100 mil habitantes, em 2000, para 5,6, em 2011. Na
última década, o País apresentou uma média de 11.300 mortes por ano provocadas
pela aids.
Outro dado de destaque trata do acesso de gestantes ao teste
rápido de diagnóstico durante o pré-natal. Em 2004, a cobertura era 63%, e
passou para 84% no ano passado.
Atualmente, 217 mil brasileiros com o vírus HIV estão em
tratamento. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, avaliou que o País registra
forte adesão à terapia antirretroviral, pois mais de 70% dos pacientes
apresentam carga viral indetectável após seis meses de tratamento.
Em 2006, 32% dos pacientes soropositivos chegavam ao serviço
de saúde com contagem das células CD4 superior a 500 por milímetros cúbicos
(mm³), indicativo de que o sistema imunológico ainda não está comprometido. Em
2010, o percentual subiu para 37%.
Ainda assim, a estimativa do governo brasileiro é que 30%
dos infectados chegam ao serviço de saúde tardiamente. Por esta razão, a
campanha deste ano pretende mobilizar estados, municípios e a sociedade civil,
até o próximo dia 1º.
Durante os próximos dez dias, as pessoas que desejarem saber
se têm o vírus devem procurar as unidades da rede pública de saúde e os centros
de Testagem e Aconselhamento.
A campanha visa alertar a população, mas com enfoque nos
grupos em situação de maior vulnerabilidade, como homens que fazem sexo com
homens, travestis e profissionais do sexo. O governo também quer incentivar
profissionais de saúde a recomendar o teste, independente de gênero, orientação
sexual ou comportamento.
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