quinta-feira, 15 de março de 2012

O ESTRANHO.

 Foto:Reprodução
Nota: Pede-se que este artigo seja lido em cada lar.

Alguns anos depois que nasci meu pai conheceu um estranho,
recém-chegado à nossa pequena cidade.
Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador
personagem, e em seguida o convidou a viver com nossa família.
O estranho aceitou e desde então tem estado conosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha
família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.

Meus pais eram instrutores complementares:

Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me
ensinou a obedecer.

 Mas o estranho era nosso narrador.

 Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e
comédias.

 Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber
de política, história ou ciência...

Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!

 Levou minha família ao primeiro jogo de futebol.

 Fazia-me rir, e me fazia chorar.

 O estranho nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.

 Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de
 nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à
cozinha, para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado
 alguma vez, para que o estranho fosse embora).

 Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o
 estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las.

 As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não era permitidos em
 nossa casa… Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de
qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nosso visitante de longo prazo,
 usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava
meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar.
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas o estranho
nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente.
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os
 charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários
eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente
vergonhosos.

Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados
 fortemente durante minha adolescência pelo estranho.

 Repetidas vezes o criticaram, mas ele nunca fez caso aos valores de
 meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar.

 Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio para
 nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante
 como era ao principio.
Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais,
ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém
quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
Seu nome?

Nós o chamamos Televisor...
Agora ele tem uma esposa que se chama Computador...E um filho que se chama Celular!

O ESTRANHO ( autor desconhecido )
Enviado Gentilmente por Divalmar (Pepeta)

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