Quase metade da população brasileira está acima do peso. E 15% é considerada obesa, segundo o Ministério da Saúde.
Números que estão diretamente relacionados com o bom momento econômico. Ganha-se mais, come-se mais. Mas o brasileiro não tem dado importância ao que se come. E é a população mais pobre que tem engordado mais.
Com a economia em alta nos últimos anos, o Brasil - em parte - se livrou do peso da miséria.Em compensação, a periferia ganhou quilos. E muitos.
Os excessos estão na cara, na cintura e nos quadris, principalmente entre as mulheres. O brasileiro - mesmo de baixa renda - come cada vez mais. O que não quer dizer que coma melhor.
A principal causa desse descompasso é falta de informação. E na hora que a pessoa vai empregar o dinheiro que ela está recebendo, começa a comprar coisas erradas como: fast food, comidas industrializadas, entregas em casa, sem pensar no que é mais saudável, segundo os médicos.
Uma pesquisa de orçamento familiar do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que, entre os 20% mais pobres, havia apenas 5,5% de homens acima do peso em 1974. Em 2009, são quase 37%. Entre as mulheres, eram 14% de gordinhas. Agora, são 45%.
As consequências aparecem nos hospitais públicos, onde casos de diabetes, hipertensão e problemas cardíacos aparecem com mais frequência. Exemplos que se configuram no aumento de 150% de cirurgias bariátricas na rede pública, nos últimos sete anos.
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