sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Surdos lutam pela inserção da linguagem de sinais e por intérpretes em provas



Amanhã é o Dia Nacional do Surdo. A Paraíba, segundo o último Censo do IBGE, tem 230.140 pessoas com esta limitação. Eles enfrentam dificuldades no aprendizado nas escolas, que nem sempre têm intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) e reclamam que em situações como o Enem e a prova para tirar a carteira de habilitação, não têm direito a um intérprete para a prova.
Mesmo assim, vêem alguns avanços como o reconhecimento da Libras por lei como língua oficial dos surdos, garantindo a divulgação da linguagem e a inclusão dos surdos na educação.
A vida de Wilta Fernandes, 32, é uma constante luta para entender o que os outros falam e se fazer entender. Ela começou a aprender Libras com cinco anos de idade e antes só se comunicava com a família por gestos. “Eu fiz o Enem e não consegui passar. A minha dificuldade é a mesma de todos os surdos: é preciso colocar um intérprete para ‘traduzir’ a prova (para Libras). Já tentei tirar carteira de habilitação também e não consegui, as aulas podem ter intérprete, mas na hora da prova, não aceitam”, relatou.
O Centro de Apoio ao Surdo, da Funad, forma intérpretes para surdos em um curso de duração de um ano. No ano passado, 60 se formaram.
fonte: Júlio Silva/Correio da Paraiba

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