No período de 1° janeiro a 6 de outubro deste ano, foram
registradas 10.913 notificações de dengue em 181 municípios paraibanos. Desse
total, 2.278 foram descartados e outros 5.456 classificados como dengue
clássica. Também foram confirmados 152 casos graves de dengue, sendo 40 casos
de febre hemorrágica da dengue (FHD) e 112 de dengue com complicação (DCC). Os
demais casos ainda estão sob investigação.
Os dados constam do boletim epidemiológico divulgado nesta
terça-feira (16) pela Secretaria de Estado da Saúde, segundo o qual, do total
de casos graves, 94 ocorreram em João Pessoa, seis em Guarabira, seis em
Teixeira, quatro em Bayeux, quatro em Cabedelo, quatro em Patos, três em
Itabaiana, três em Uiraúna, e os demais em 21 municípios. Em relação ao número
de óbitos por dengue, foram confirmados oito casos, sendo cinco em João Pessoa,
um em Bayeux, um em Itabaiana e um em Patos.
A análise técnica do boletim demonstra que 92 municípios da
Paraíba possuem baixa incidência, ou seja, abaixo de 100 casos por 100 mil
habitantes. Em outros 50 municípios há uma média incidência, entre 100 a 300
casos por 100 mil habitantes; enquanto em 49 municípios paraibanos não há casos
de dengue confirmados. A alta incidência de dengue, caracterizada com mais de
300 casos a cada 100 mil habitantes, só ocorre em 32 municípios da Paraíba.
Em 42 municípios da Paraíba, ainda não foram notificados
casos suspeitos da doença: Algodão de Jandaíra, Amparo, Barra de São Miguel,
Belém de Brejo do Cruz, Boa Ventura, Bom Jesus, Bonito de Santa Fé, Borborema,
Cajazeirinhas, Capim, Carrapateira, Coxixola, Curral de Cima, Curral Velho, Frei
Martinho, Ibiara, Igaracy, Junco do Seridó, Livramento, Marcação, Monte Horebe,
Mulungu, Nova Floresta, Ouro Velho, Pedro Régis, Pilões, Puxinanã, Riacho de
Santo Antônio, Riacho do Poço, Santa Helena, São Bento de Pombal, São Domingos
de Pombal, São Domingos do Cariri, São José da Lagoa Tapada, São José de
Caiana, São José dos Cordeiros, Seridó, Serraria, Sossego, Tacima, Triunfo e
Umbuzeiro.
As maiores incidências de casos de dengue foram registradas
entre as mulheres na faixa etária de 20 a 49 anos e crianças menores de um ano
de idade, com taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes. Enquanto que nos
homens da mesma faixa etária, foram verificadas taxas com pouco mais de 200
casos por 100 mil habitantes. No balanço geral, o risco das mulheres contraírem
a doença foi 44% maior em relação aos homens.
Notificação – A gerente executiva de Vigilância em
Saúde, Talita Tavares, enfatizou mais uma vez a importância da notificação de
todos os casos suspeitos de dengue para que a política de controle e as ações
de contenção sejam cada vez mais eficazes. “Todo paciente que apresente doença
febril aguda com duração de até sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos
sintomas, como cefaléia, dor retroorbitária, mialgias, artralgias, prostração
ou exantema, associados ou não à presença de hemorragias, é um caso suspeito de
dengue e deverá ser abordado como tal”, afirmou.
As notificações encaminhadas à vigilância epidemiológica de
cada município são analisadas, a fim de direcionar as ações de controle, como
as visitas aos domicílios e a pulverização de inseticida. Tais medidas visam à
eliminação dos mosquitos infectados e, consequentemente, buscam evitar o
surgimento de epidemias.
A análise dos dados encaminhados também permite uma
definição do perfil dos pacientes acometidos pela doença, além da percepção da
necessidade adicional de compra de insumos e de contratação de recursos humanos
para atender a demanda verificada de forma adequada.
Ainda de acordo com a gerente de Vigilância em Saúde, o
envio das informações por parte dos municípios influi diretamente na construção
dos boletins epidemiológicos. “O atraso ou qualquer outro problema na chegada
dos dados pode provocar alterações nos números de notificações e nas demais
informações divulgadas em cada semana epidemiológica”, esclareceu.
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