As coisas do meu brejo
Eu não esqueço jamais!
O friozinho que faz
- do calor que não invejo –
O sentimento de paz
A vida de ócio que almejo,
E um amor que me satisfaz...
Na praça os animais,
Pássaros, macaco e tejo;
São alimentados demais!
Todos fazem o maior assédio
O sossego não lhe apraz.
Na igreja os pardais
Fazem algazarra no prédio
À tardinha é um zaz-trás
Voam longe enquanto o sol faz
O seu último climatério
Descendo na Beleza, por trás.
E os raios do poente em avais
- A natureza tem o seu remédio! –
Os folguedos dos carnavais,
Joaninos, padroeiros incrédulos;
Todos ostentam um brilho a mais.
Não quero sair jamais,
E nisto eu falo sério!
Esperança é meu porto e cais
Sentimento telúrico e quimério
Lição antiga de meus pais.
Do meu Banabuyé Régio
Não me separo jamais!
Rau Ferreira
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