terça-feira, 4 de setembro de 2012

Esperancense é a primeira mulher a realizar parto dentro da água em um hospital público de Campina Grande.



Foi realizado neste domingo, 2, no ISEA (Instituto de Saúde Elpídio de Almeida), o primeiro parto na água feito em um hospital público de Campina Grande e, de acordo com a coordenadora do Projeto de Humanização da Assistência ao Parto no ISEA, a médica Melânia Amorim, provavelmente o primeiro parto na água acontecido em qualquer hospital da cidade.

O parto foi assistido  por Melânia Amorim, pelas estudantes de Medicina e de Enfermagem, Cybelly e Luanda, e pela neonatologista Hiba Braga. “O parto em si foi suave e lindo”, descreveu a médica.

A Agente Comunitária de Saúde Dianne Kelly Nogueira Ferreira, de 28 anos, é natural  de Esperança, deu entrada no ISEA no sábado à noite, grávida de pouco mais de oito meses e sentindo cólicas. No domingo, já estava em trabalho de parto quando foi procurada pelos profissionais do Projeto de Humanização da Assistência ao Parto, que a apresentaram as diversas técnicas. Ela optou pela cadeira, mas durante o trabalho de parto, ouviu uma conversa das profissionais de que, caso tivesse optado pela água, as dores seriam menos intensas.

Dianne então foi levada para a banheira e contou que, durante as contrações, chegou a sair da água, mas quando entrava, a intensidade das dores diminuía bastante, chegando a até 50% quando estava dentro da água. Durante o parto, ela teve as companhias do marido, que cortou o cordão umbilical, e de uma cunhada. Às 18h30, pesando 3,250 kg e medindo aproximadamente 48 cm, nasceu o seu primeiro filho, Aureliano Nogueira Neto, cujo nome é uma homenagem ao bisavô paterno.

A médica Melânia descreveu a experiência como um momento histórico para a humanização do parto em Campina Grande. “Um dos motivos, além da gratificação por estar proporcionando assistência humanizada a mulheres e bebês em um momento tão mágico e transformador em suas vidas, foi que conseguimos assistir  o primeiro parto na água aqui em Campina Grande, e isso aconteceu no SUS!”, disse a coordenadora do projeto.

O Projeto de Humanização da Assistência ao Parto no ISEA começou em 2007, mas por um ou outro motivo, nenhum parto tinha sido feito na água. Embora as banheiras sejam utilizadas para imersão durante o trabalho de parto, nenhuma parturiente tinha querido ter o parto na água. “Como é pressuposto básico de qualquer trabalho na área de Humanização da Assistência ao Parto, é essencial respeitar as decisões das gestantes, que devem exercer o seu protagonismo e tomar decisões conscientes sobre o local de parto, depois de receberem todas as informações pertinentes”, explicou a médica.

Antes mesmo de ter a cadeira de parto, os partos eram assistidos  na banqueta (também apresentada na foto), e hoje, caso a cadeira e a banqueta não estejam disponíveis, ocupadas por outras parturientes, na hora do parto, ou se por acaso a parturiente não gostar nem de uma nem de outra opção, os partos podem ser realizados com a mulher na posição de cócoras sustentada, ou deitada de lado, ou em pé, ou na posição de quatro apoios ou na água. “Enfim, quem escolhe é a mulher, e essa escolha deve ser respeitada pelo profissional que presta assistência ao parto”, finalizou a médica Melânia Amorim.

Secom - Via:PortalNE


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