Muitos de nós quando falamos de Páscoa pensamos em seus
símbolos, como o coelho de Páscoa, sinos, presentes, ovos de chocolate e tantas
outras coisas mais, que em si têm seu significado dentro da Tradição Ocidental
cristã, porém esquecemos daquilo que é essencial para nós: Jesus Sofredor,
Morto e Ressuscitado dentre os Mortos e nisso está a fantástica e maravilhosa
essência e motivo da Vinda Dele ao Mundo.
É Verdade: não é fácil nem tão simples de explicar a “razão”
de um Deus que sendo Pleno Perfeito em Si mesmo e infinitamente poderoso quis
fazer-se Homem; sofrer e dá a vida por cada um de nós pecadores. Nós que desde o
início, herdamos as concupiscências da Carne, pela desobediência de nossos
primeiros pais (Adão e Eva) temos a tendência de nos desviarmos do caminho que
Deus escolheu para nós que é a santidade, a qual nos levará a Vida Eterna.
Contudo, mesmo a Encarnação do Verbo sendo um Mistério Insondável de Amor, Ele
se revela para nós como Um Deus Misericordioso, por isso a Igreja no Segundo
Domingo da Páscoa festeja a Divina Misericórdia.
É claro que sem Misericórdia não teria salvação, pois pelos
nossos próprios méritos não temos dignidade para alcançarmos o Prêmio da
Ressurreição, já dizia Santo Agostinho repetindo as Palavras de Paulo Apóstolo:
“É pela graça de Jesus Cristo que somos salvos...”. Mas, claro que esta graça não anula nossa
responsabilidade, a qual a fruto do dom da liberdade que o Próprio Deus nos deu
ao nos criar è sua imagem e semelhança. Somos dependentes da Bondade de Nosso
Senhor, porque é Ele que sustenta todas as coisas deste Mundo, inclusive nossas
vidas.
Já dizia santa Faustina em seu Diário Espiritual que o que
mais desagrada ao Coração de Deus é a nossa desconfiança em sua misericórdia.
Quantas vezes por motivo de medo, insegurança ou sentimento de culpa não
acreditamos que Deus nos perdoou, ou que Ele está nos castigando quando
passamos por alguma provação ou tribulação em nossas vidas? Na verdade as
dificuldades que sofremos em nossa existência são consequências de nossa
condição humana, daquilo que fazemos e consequentemente podemos receber em
troca, mas não como punição divina.
Por isso, voltemos o nosso olhar para o Coração de Cristo, o
qual está aberto para nos acolher. Peçamos a Ele que derrame os raios de Sua
Misericórdia sobre nossas feridas abertas pelas dores que o Mundo já nos
causou, também sobre nossas famílias, e acima de tudo sobre aqueles e aquelas
que se encontram desiludidos com a vida, que perderam a esperança e a fé para
que possam reconhecer a Graça de serem filhos e filhas de Deus, redimidos e salvos
pela Sua Infinita Misericórdia. Amém!
A todos a benção de Deus todo Poderoso e Misericordioso:
Pai, Filho e Espirito Santo.
Pe. Antoniel Batista dos Santos
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