quarta-feira, 18 de julho de 2012

Estado da Paraíba é o 4º em homicídios contra mulheres.



Os Estados com as taxas mais elevadas de violência contra as mulheres são o Espírito Santo, Alagoas e o Paraná, respectivamente com taxas de 9,4, 8,3 e 6,3 homicídios para cada 100 mil mulheres. A Paraíba ocupa o 4º lugar nacional neste ranking de homicídios, com uma taxa de 6,0 assassinatos para cada 100 mil mulheres. De acordo com dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, a violência contra as mulheres faz do Brasil o 7º em “feminicídio” num ranking de 84 países, atrás de El Salvador, da Guatemala, Rússia e Colômbia.

Em 30 anos, mais de 91 mil mulheres foram assassinadas no País. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Seds), em 2011, 146 mulheres foram assassinadas na Paraíba.

Só nos primeiros seis meses de 2012, foram contabilizados 80 crimes de homicídio contra mulheres. As estatísticas oficiais, entretanto, não conseguem tipificar quais crimes são de gênero e quais são considerados crimes comuns. Os números assustam até mesmo os especialistas.

No fim de junho, a relatora especial da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre violência contra a mulher, Rashida Manjoo, afirmou ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, que mais mulheres e meninas estão sendo assassinadas pelos parceiros ou familiares. Segundo Manjoo, a violência de gênero atingiu proporções “alarmantes”. De acordo com o relatório, enquanto a maioria dos homens é assassinado nas ruas, no caso das mulheres, na maior parte das vezes, esse crime ocorre em casa.

Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que no Brasil 29% das mulheres relatam ter sofrido violência física ou sexual pelo menos uma vez na vida. Destas, 25% não contaram a ninguém sobre o ocorrido e 60% sequer saíram de casa por uma noite em razão da violência. Menos de 10% das mulheres pesquisadas recorreram a serviços especializados de saúde ou segurança. A experiência internacional nessa área indica que, em média, a mulher leva 10 anos para pedir socorro.

Papel do Estado
De acordo com a secretária de Estado da Mulher e Diversidade Humana, Iraê Lucena, o trabalho é realizado de forma integrada com as secretarias de Saúde e Segurança e Defesa Social para reduzir os índices de violência contra a mulher. “Dentro da área de Saúde, foi integrado o enfrentamento à violência contra a mulher. Também criamos o Fórum Estadual de Organismos Governamentais de Políticas para Mulheres, que possui 20 organismos de apoio em municípios que não tinham nenhuma referência. Instalamos a Casa Abrigo, que hoje funciona normalmente, atendendo mulheres com a ajuda de uma equipe integrada com profissionais de várias especialidades”.

Fonte:JornalCorreio

Nenhum comentário:

Postar um comentário