quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Filho de prefeito chefiava esquema criminoso que desviou mais de R$ 1 mi, diz MPPB



Uma organização criminosa suspeita de desviar mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos foi desarticulada, na manhã desta quinta-feira (12), em operação deflagrada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB). O filho do atual prefeito de Gado Bravo (Agreste do estado, a 191 km de João Pessoa) comandava a quadrilha. Outros parentes do gestor também estariam envolvidos no esquema.
Desde o início da manhã, são cumpridos sete mandados de busca e apreensão em propriedades da família do prefeito, além de três mandados de prisões temporárias e três mandados de conduções coercitivas. Cerca de 70 profissionais, entre promotores, policiais e bombeiros, dão cumprimento às ordens judiciais, que foram obtidas junto ao Juízo de Direito da Comarca de Aroeiras.
Segundo as investigações, o líder da quadrilha, que além de filho do prefeito é secretário de Finanças do município de Gado Bravo, teria assumido a pasta com o objetivo de desviar recursos públicos através de fraudulentos processos licitatórios, falsificação de documentos públicos e particulares, entre outras condutas ilícitas.
ue figuravam em empenhos como credores de valores despendidos pelo município de Gado Bravo, mas relativos a serviços que jamais foram executados, bem como a confecção de empenhos e pagamentos em valores superiores aos serviços realizados, com nítido desvio de recursos públicos, beneficiando ilicitamente familiares do prefeito, em prejuízo de toda uma coletividade ávida, carente de serviços básicos de saúde e educação.
Ainda de acordo com MPPB, o esquema criminoso foi percebido após cruzamento de informações junto ao Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres), mantido pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Foram identificados desvios em várias secretarias, destacando-se a das Finanças. No período investigado, foi constatado desvio superior a R$ 357,8 mil e que um parente do prefeito teria recebido R$ 160 mil do montante retirado de forma irregular dos cofres públicos. O prejuízo total causado pelo esquema ainda está sendo levantado pelo Ministério Público, mas estima-se que tenha sido superior a R$ 1 milhão.
Denominada ‘Salinas’, por ser esse o nome do sítio onde o esquema criminoso era administrado, a operação é comandada pelo MPPB, por meio da Promotoria de Justiça Cumulativa de Aroeiras e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), e tem apoio do Batalhão de Operações Especiais da Policia Militar (Bope) e equipes do Resgate do Batalhão do Corpo de Bombeiros.
 Do Portal Correio

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