Exames feitos em dois fetos com microcefalia, acompanhados pela Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande, confirmaram que houve infecção por Zika vírus. As análises foram feitas a partir do líquido amniótico coletado dos bebês, que haviam sido diagnosticados com a má-formação congênita em exames de ultrassonografia. Os testes, solicitados pela médica Adriana Melo, da maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida - Isea, foram feitos no Laboratório da Fiocruz, do Rio de Janeiro.
Especialista em medicina fetal, Adriana Melo também integra o comitê criado pela Prefeitura para investigar as possíveis causas da mudança do padrão da doença e o aumento do número de casos de microcefalia em crianças nascidas na cidade. Segundo a médica, as mães dos dois bebês examinados são município de Juazeirinho, mas fazem pré-natal na maternidade do Isea, que atende gestantes de 180 municípios paraibanos.
Com a confirmação do exame, a secretária municipal de saúde, Luzia Pinto, convocou uma reunião de emergência com a equipe da pasta para a noite desta terça, no Hospital Municipal Pedro I. O objetivo é definir as estratégias de assistência às gestantes e aos bebês com microcefalia. O conjunto de medidas a serem adotadas pela Prefeitura deverá ser anunciado ainda esta quarta-feira, 18, pelo prefeito Romero Rodrigues.
Até agora, a Secretaria Municipal de Saúde já confirmou dez casos de bebês com microcefalia nascidos na cidade, sendo um de paciente residente em Campina Grande. Além destes, foram diagnosticados outros oito casos de bebês com a má-formação congênita e que devem nascer nos próximos meses. O diagnóstico foi feito a partir de exames de ultrassonografia em gestantes acompanhadas pelo Isea.
Do Blog Marcio Rangel
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