terça-feira, 20 de setembro de 2011

Greve dos carteiros chega ao sexto dia e encalha mais de 525 mil cartas e documentos em toda a Paraíba


Ontem, ao chegar ao quinto dia, a greve de parte dos cerca de 1.500 trabalhadores dos Correios e Telégrafos na Paraíba, já acumulava cerca de 525 mil cartas e documentos, o correspondente a 30% do total que deu entrada nesse período que chega a 1.750.000. O volume aumentará porque não há perspectiva para o final do movimento paredista, que tem como bandeira principal a não privatização da autarquia.

Ao fazer um balanço do movimento, o diretor regional dos Correios, José Pereira, disse que “se trata de uma paralisação, em todo Brasil, que segundo a direção nacional deixa cerca de 30% do volume total de cartas e documentos sem serem entregues. Na Paraíba são cerca de 350 mil por dia, o que significa cerca de 1,7 milhão em cinco dias e conseguimos com uma força tarefa que formamos entregar 70% desse total”.

Também destacou que “a greve é pacífica e esperamos a sensibilidade da Federação Nacional dos Trabalhadores para que se possa chegar a uma saída negociada o mais rápido possível, para beneficiar os trabalhadores e garantir a normalidade da entrega das correspondências que é a principal tarefa dos Correios já há várias dezenas de anos”.



 



Sedex atrasado

Já o coordenador do Comando de Greve dos trabalhadores, Marcos Roberto Rodrigues Silva, disse que “é uma greve muito forte, tanto na Paraíba como nos demais estados, somando 35 sindicatos filiados à Federação, sendo que somente um não aderiu. No nosso Estado o eixo do movimento são os municípios de João Pessoa, Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras, onde está tudo parado. Afora outras cidades que estão aderindo e já chegamos a 70% do total de cerca de 1.500 trabalhadores”.

O sindicalista destacou que a “greve continuará porque a nossa principal reivindicação que é a revogação da medida provisória 532, que privatiza os Correios, que está para a sanção presidencial, não é levada em consideração. Também estamos em campanha salarial e pedimos mais contratações, melhores condições de trabalho, piso de R$ 1.635 e reajuste linear de R$ 400 para todos os trabalhadores, porque hoje o salário de entrada é baixíssimo, de somente R$ 700”.

Sobre o acúmulo de correspondências, o sindicalista discordou da direção, garantindo que “é muito pequeno” e justificou dizendo que “é pelo fato de a greve ser em âmbito nacional, de forma que as correspondências, em boa parte, são retidas na sua origem, não havendo praticamente o acúmulo. Mesmo assim a direção armou um esquema para entrega de emergência de Sedex e outras encomendas que já estão há muito tempo atrasadas”, afirmou.
 


Fonte:Jornal Correio

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