OPINIÃO: Cássio volta a citar polêmica do forró de plástico e lembra que no mundo moderno não há espaço para patrulhamento e padronização cultural
Ainda durante entrevista ao Conexão Arapuan, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) se posicionou também a respeito da polêmica do “forró de plástico” e disse que é contra qualquer tipo de patrulhamento de caráter cultural. Apesar de o tucano ter saído em defesa do secretário de Cultura do Estado, Chico César, alegando que ele foi mal interpretado, disparou: “Eu tenho minhas preferências musicais, mas no mundo moderno, não há mais espaço para patrulhamento cultural, não há espaço para padronização de sabores ou de preferências, é o mundo da internet, é o mundo do twitter, é o mundo da informação instantânea e há espaço para todo mundo”.
Na tentativa de amenizar a repercussão que foi dada a respeito da opinião de Chico César com relação as bandas de “forró de plástico”, Cássio comparou a colocação do secretário com a do ex-deputado federal Fernando Gabeira (PV), que em dado momento durante uma entrevista fez uma infeliz colocação que repercutiu fortemente nos meios de comunicação. Em resposta Gabeira se explicou afirmando que: “Isso é de quem fala muito e de improviso, daí acaba falando besteira”.
“Não estou dizendo com isso que Chico César falou alguma besteira, de maneira alguma. Chico fez um pensamento e foi interpretado de forma muito mais larga do que na verdade pensa. Não o conheço, nem tenho intimidades com ele, mas o respeito não apenas como gestor público, mas como artista, como produtor cultural e como um grande representante da nossa musica”, ponderou.
Cássio explicou ainda que o chamado “forro de plástico” como foi definido, tem um público enorme e pode até ser criticado, inclusive suas letras que de fato são superficiais. Ele acrescentou que se pode, inclusive, criticar o quanto se paga a uma grande banda de forro, mas ressaltou: “são coisas que o mercado cultural define, que o mercado do show business define, existe uma indústria por trás disso tudo”, lembrou.
Para o tucano Chico César apenas mostrou, na condição de secretário de Cultura, que é preciso que o Estado também apoie aqueles artistas que fazem o forró tradicional, o autêntico forró pé-de-serra. “Muitas vezes esse tipo de forró não é apoiado, não é estimulado, até porque não tem inserção no mercado”, disse.
Em sua explanação, o tucano exemplificou que não há como se comparar show das bandas Calypso, Magníficos ou Calcinha Preta com um show de Biliu de Campina e explicou a diferença: “Biliu faz música que resgata o trabalho cultural de Jackson do Pandeiro, que talvez nenhum outro artista do Brasil o faça. Esta é característica da musica dele e merece sim uma atenção, um apoio, merece estímulo e foi isso que Chico Cesar quis dizer”, finalizou.
Márcia Dias/ Simone Duarte
PB Agora
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