A verdade é algo essencial na vida humana, pois está como base do ser pessoa. Explicando um pouco melhor: Deus é em si a Verdade Suprema, pois Nele está tudo aquilo que é sem falsidade ou modificações porque Ele é Eterno, Imutável. Por isso quando o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus portou dentro de si a semente fundamental da verdade. “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.” (1 João 1,6)
Contudo vivemos em um Mundo de aparências e inverdades, busca-se sempre coisas superficiais e artifícios para tornar a vida mais “feliz e prazerosa”, tantas vezes buscando ser aquilo que não é. Pensamos conhecer as coisas e pessoas por meio das aparências, mas não nos esforçamos para mergulhar na essência daquilo que observamos, então não temos condições de desvelá-las, de fazê-las conhecidas aos nossos olhos.
Mas podemos perguntar: a que olhos as coisas devem se revelar? É outro problema, pois nossos olhos tantas vezes estão ofuscados por “raios de luzes” das falsas estrelas que em nossa vida ocupam um lugar muito importante, mas que não são o Sol maior que é Deus. Estas estrelas podem ser ídolos fabricados pelas mãos humanas, por nós mesmos e não são exatamente imagens de gesso, barro ou madeira, mas são nossas ideias equivocadas, nossas ilusões materialistas e desejos egoístas. Porem, sempre chega o momento em que tais luzes artificias enfraquecem e apagam porque não são eternas e não vêm de uma fonte perene, daí caímos na escuridão do sore do abandono, a vida perde o sentido real de existir.
Se nossos olhos, ao contrário, são iluminados pela luz natural de Deus que é fonte de todo bem, somos capazes de discernir e conhecer as cores, formas e a beleza daquilo que está a nossa frente, que se aparenta aos nossos sentidos.
Quando a criatura humana se nega a dá um passo adiante na busca dessa Verdade, é porque se esconde por trás das máscaras criadas pela falsidade e mentiras deste Mundo e assim faz um pacto com o que é passageiro e ilusório perdendo a oportunidade de fazer a Aliança com a eternidade, a qual trás em si a felicidade de conhecer e está sempre com Deus, mas também conhecer-se a si mesmo. Só é possível conhecer aquilo que está fora de si quando há o autoconhecimento, contudo isso não é tarefa fácil, pois conhecer requer descobrir todas as contradições e imperfeições que há dentro de si, mas também é a oportunidade de conhecer os dons, talentos e virtudes pessoais.
Assim, a busca da verdade é uma aventura emocionante e empolgante de vida, necessária à alma humana que tem sempre sede de conhecer e fazer-se conhecida, mesmo quando guarda em si segredos, ou melhor, mesmo tendo em si o sabor do mistério.
Pe. Antoniel Batista dos Santos
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