segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Câncer já matou mais de 25 mil pessoas na PB; governo amplia serviços de atendimento e prevenção.

Foto:Reprodução

Os cânceres nos seus mais variados tipos foram os responsáveis por 25.224 mortes na Paraíba, sendo 12.933 em homens e 12.291 em mulheres nos últimos dez anos (2001 a 2011). Com isso a doença é a segunda causa maior de morte no Estado. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
De acordo com a Gerente Executiva de Vigilância em Saúde da SES, Júlia Vaz os óbitos por neoplasias aconteceram em todas as faixas etárias, entretanto o maior número de mortes se concentra na faixa etária a partir dos 50 anos, com 20.668 o que representa 82,0% de todas as ocorrências.
Os tumores malignos de estômago, fígado, pulmão, mama, útero e próstata são os que apresentam a maior incidência. “ Hábitos de vida como o consumo de álcool, tabagismo e o stress são situação e fatores de risco para estes agravos”, comentou Júlia Vaz. O tabagismo, segundo ela, é um dos fatores de risco mais fortes para o aparecimento de cânceres que são a segunda causa maior de morte no Estado.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, tem realizado uma série de ações e ampliado os serviços de atendimento e tratamento para as pessoas que desejam deixar o vício do cigarro e com isso evitar doenças com o câncer de pulmão por exemplo. Sempre em datas que lembram o tema a exemplo do Dia Mundial Sem Tabaco e do Dia Nacional de Combate ao Tabagismo lembrados respectivamente nos dias 31 de maio e 29 de agosto, a Paraíba tem participado ativamente com a realização de ações educativas e preventivas em escolas, repartições públicas e privadas e locais de grande movimentação de pessoas.
Um ponto importante a ser destacado nessa luta contra o tabagismo são os Centros de Referência para Tratamento dos Fumantes. Em toda a Paraíba são quarenta locais onde fumantes podem buscar apoio, de maneira gratuita, para abandonar o vício provocado pela nicotina. O serviço é oferecido em Unidades de Saúde da Família, em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Centros de Atenção Integral à Saúde (CAIS), Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Centros de Saúde, em 31 municípios. Em alguns casos, os pacientes abandonam o cigarro com menos de um mês de acompanhamento.
O tratamento acontece por meio de programa desenvolvido pelo Ministério da Saúde, que repassa medicamentos ao Estado. Este, por sua vez, é responsável pela qualificação das equipes, monitoramento dos trabalhos realizados nos centros e pelo encaminhamento do material enviado pelo Ministério. Os municípios entram com a administração das unidades de saúde que vão receber os pacientes.
De acordo com Gerlane Carvalho de Oliveira, coordenadora do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), ao procurar um dos centros, o paciente é recebido por uma equipe multiprofissional, com médicos, psicólogos, enfermeiros, entre outros. “Eles passam, inicialmente, por uma avaliação clínica e começam a integrar um grupo com, geralmente, 15 fumantes, que também querem se livrar do vício”.
Com o grupo, o paciente enfrenta quatro sessões - comumente, uma por semana. Nelas, os fumantes trocam informações e, sobretudo, recebem orientações de como substituir a ansiedade de fumar por outras alternativas, por exemplo. “Através de uma avaliação médica, é verificado se o grau de dependência do paciente está tão avançado, a ponto de ser necessário tratamento medicamentoso. Cada caso é diferente. Existem fumantes que, na terceira sessão, por exemplo, sem uso de medicação, conseguem abandonar o vício”, explicou Gerlane.

O uso dos medicamentos acontece sob monitoramento da equipe do centro. As recaídas são possíveis e, quando ocorrem, os dependentes voltam a ser acompanhados. “Mas, independentemente do trabalho do centro, o paciente precisa querer se livrar do vício para conseguir vencê-lo”, destacou. Em média, os centros formam um grupo a cada trimestre. Mas em cidades maiores, como João Pessoa, esta frequência é bem maior.

Onde encontrar – Na Paraíba, o tratamento de fumantes acontece em unidades de saúde da Capital, que possui cinco centros; Campina Grande, também com 5; e Aroeiras com 2. Já em Bayeux; Caaporã; Cabedelo; Guarabira; Belém; Alagoinha; Bananeiras; Solânea; Esperança; Lagoa Seca; Queimadas; Remígio; Soledade; Taperoá; Cuité; Monteiro; Sumé; Patos; Piancó; Catolé do Rocha; São Bento; Cajazeiras; Sousa; Pombal; Princesa Isabel; Jurú; Tavares; e Bonito de Santa Fé, existe um centro, cada.

Outra ação realizada pela Secretaria de Estado da Saúde, nesse caso em relação ao câncer de mama, foi o “Outubro Rosa”, quando várias atividades aconteceram em pontos estratégicos de João Pessoa numa parceria com vários órgãos. Durante a programação, as mulheres acima de 40 anos foram orientadas a fazerem consultas médicas preventivas e a realização anual da mamografia e para as mulheres de todas as idades o exame “papanicolau (citológico) na freqüência anual. Para o sexo masculino a recomendação foi à visita ao urologista para prevenção do câncer de próstata.” A prática de hábitos saudáveis como atividade física regular, alimentação saudável e não fumar são comportamentos que favorecem ao controle de várias doenças e agravos”, ressaltou a Gerente Executiva de Vigilância em Saúde da SES, Júlia Vaz.

Blog Mari Fuxico

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