quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Paraíba e Pernambuco vão estudar disponibilidade da água subterrânea do aquífero de Barramares


Poços podem prejudicar o aquífero paraibano

Os estados da Paraíba e Pernambuco estão discutindo uma parceira para identificar a disponibilidade de água subterrânea no aquífero de Barramares dos dois estados. O passo inicial foi dado nesta quarta-feira (14) durante encontro entre os gestores da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e Agência Executiva de Águas do Estado da Paraíba (Aesa).
Em entrevista ao programa '27 Segundos', da RCTV, canal 27 da Net Digital, o presidente da Aesa, João Fernandes, revelou que o estudo é imprescindível para avaliar a capacidade hídrica dos lençóis freáticos e identificar se a perfuração irregular de poços artesianos prejudicou o aquífero.
“Começamos um diálogo entre a Paraíba e Pernambuco para iniciar o estudo do aquífero dos dois estados. Queremos saber a dimensão dele e a sua disponibilidade subterrânea. Ao perfurar poços de forma clandestina, sem a autorização, a pessoa está privatizando um bem de uso comum. Além disso, pode causar a salinização da água do subsolo, deixando-a imprópria para o consumo humano”, lembrou o presidente.
Fernandes disse que após a realização do estudo, o documento será apresentado ao Governo Federal. “Para que identifiquemos a disponibilidade do aquífero de Barramares é necessário um investimento que não é barato. Vamos apresentar a proposta à Agência Nacional das Águas (ANA) para possível liberação de recursos”, adiantou.
Segundo o presidente da Aesa, o aquífero Barramares está no lençol freático que vai desde o Litoral às proximidades do Cariri paraibano. Já se sabe que a água é de boa qualidade, mas o uso irregular e sem racionalização pode fazer com que a água do mar inunde o subsolo, ocupando os espaços do que foi retirado indiscriminadamente. "Foi o que aconteceu com o aquífero de Pernambuco, onde perfuraram poços irregularmente e hoje a água é praticamente imprestável para consumo humano", disse Fernandes. 
Ele explicou que o Estado terá que contratar uma empresa especializada, que ficará responsável pela análise da qualidade e da quantidade da água do aquífero Barramares. "Só assim saberemos o que temos ainda para usar e como poderemos se utilizar de bem natural", disse.  
Do Portal Correio

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