sexta-feira, 24 de julho de 2015

Professores rejeitam proposta do governo e UFPB segue em greve por tempo indeterminado


Professores mantêm greve na UFPB

Os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) decidiram, nesta sexta-feira (24), continuar a greve da categoria. A continuidade do movimento grevista foi acertada em assembléias realizadas nos campi de João Pessoa, Areia e Bananeiras.Com a decisão, as aulas na UFPB não têm previsão de retorno.
Na Capital, 137 docentes foram a favor da continuidade da greve, enquanto apenas oito votaram pelo fim da paralisação.  Em Areia, somente dez professores compareceram à reunião e todos defenderam a continuidade da greve. Em Bananeiras, dez docentes votaram pela continuidade do movimento e um se absteve. 
Novas assembléias serão realizadas na próxima quinta-feira (30). 
Em João Pessoa, a assembleia aconteceu no auditório da reitoria. Além dos professores do campus I (incluindo os da unidade Centro de Ciências Jurídicas de Santa Rita), também participaram dessa reunião os docentes dos campi IV (Litoral Norte) e V (Mangabeira). Em Areia e Bananeiras, as assembleias aconteceram nas respectivas subsecretarias do Sindicato dos Professores (Adufpb).
Negociações
Na última segunda-feira (20), representantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fórum dos SPF) reuniram-se com o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, que insistiu na proposta de reajuste salarial de 21,3% parcelado em quatro anos.
Essa foi a terceira audiência de negociação desde o lançamento da campanha salarial unificada dos SPF, no dia 25 de fevereiro. Nas duas primeiras, a única proposta foi o índice de 21,3% parcelado em quatro vezes - 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. Na última, a negociação apresentou avanços em termos da negociação dos benefícios.
Para os auxílios alimentação e saúde, sem reajuste há três anos, o governo propôs correção de 22,8%, o primeiro passaria a ser R$ 458 e o último proporcional por faixa etária, sendo o mínimo R$ 101 e o máximo R$ 205. Já o auxílio creche, desde 1995 sem correção inflacionária, o acúmulo representa um reajuste de 317%, variando de acordo com os valores praticados em cada estado.
Calendário
Na última quinta-feira (16), o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da instituição decidiu suspender o calendário letivo. O Comando Local de Greve (CLG) alegou que essa medida serve para proteger os alunos, para que as atividades acadêmicas que ainda eram aplicadas durante a greve sejam interrompidas e só retornem depois do término da paralisação.
Do Portal Correio

Nenhum comentário:

Postar um comentário