Skate elétrico |
Nessas férias, quem passeia pelos principais parques e centros de lazer de São Paulo e Rio de Janeiro se surpreende com a popularidade de um novo ‘brinquedinho’ veloz: os skates elétricos. Usados por celebridades como o atleta Usain Bolt, o cantor Justin Bieber e o ator Jamie Foxx, esses aparelhos de uma ou duas rodas se tornaram os principais objetos de desejo da temporada de Natal nos Estados Unidos. No site de comércio eletrônico eBay, um skate elétrico foi vendido a cada 12 segundos durante o ‘Cyber Monday’, dia especial de compras tecnológicas, ocorrido em novembro do ano passado. Aos poucos, eles caem no gosto do brasileiro, apesar de chegarem com preços altos, entre R$ 1 mil e R$ 3,5 mil.
O publicitário Nagib Nassif Filho, de São Paulo, foi um dos que aderiram à moda: em dezembro, ele comprou um skate elétrico por cerca de R$ 1,8 mil no Mercado Livre – de acordo com o site de vendas online, há mais de 1,5 mil produtos anunciados na plataforma dentro da categoria, que é chamada de hoverboard. O apelido tem uma inspiração nostálgica forte: o termo nasceu no filme De Volta para o Futuro 2, de 1989. “No filme, [o protagonista] Marty McFly viajava para 2015 e, em uma das cenas, ele andava em um skate voador”, relembra Nassif.
Apesar da referência, porém, o significado por trás da palavra hoverboard difere – e muito – dos skates elétricos que circulam por aí. O termo em inglês significa “prancha que flutua”, o que não é o caso da maioria dos produtos do segmento, que usam um ou duas rodas para se movimentar.
“Nosso produto tem uma roda, mas a sensação ao andar é como se não tivesse”, justifica o inventor americano Robert Bigler, presidente-executivo da Hoverboard Technologies. A startup foi um dos destaques da Consumer Electronics Show 2016 – maior feira de tecnologia do mundo, realizada em Las Vegas há duas semanas – com uma prancha de uma roda que custa a partir de US$ 3 mil.
Bigler não é o único a apostar na categoria. A Hoverboard Technologies disputa mercado com a americana Segway e uma infinidade de pequenas marcas chinesas. Até novatos no mundo da tecnologia se arriscam para ficar com uma fatia da receita do segmento. Em dezembro, o jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho lançou uma linha de skates elétricos. Os produtos, personalizados com autógrafos, custam US$ 600 e são vendidos por uma empresa baseada em Miami, nos EUA.
Fonte : Estadão
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